Como em todas as outras áreas que envolvem recursos naturais e economia e que podem refletir no bolso do consumidor, todo final de ano o governo brasileiro faz estimativas com relação à oferta e demanda do setor elétrico nacional.

O setor energético em 2017

Em setembro de 2017, a Agência Brasil (empresa criada no governo Collor, com o objetivo de divulgar notícias) divulgou um Boletim Mensal de Energia, que é um documento emitido pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME).

Nesse documento consta que “nesse ano”, ou seja, 2017, o Brasil poderia ter um superávit de energia de 1,9% maior que 2016. A Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) chegou a 637,1 terawatts-hora, ou seja, números que o país não alcançava há quase 80 anos.

Motivos do superávit

Essa elevação é resultante do crescimento da produção de gás natural e de petróleo junto à baixa demanda mundial de energia. Segundo o documento, as fontes renováveis na matriz de oferta elétrica ficaram acima de 80% e a energia eólica subiu mais um ponto percentual na matriz.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), em 2017, os projetos dessa energia movida pelo vento atingiram 12,7 gigawatts, o que caracterizou um aumento de 19% com relação a 2016. Esse aumento faz com que a energia eólica corresponda a 8,2% da matriz elétrica do Brasil.

No caso do biodiesel, a produção cresceu 22,5% e resultou numa expansão de 3,1% no ano.

As expectativas para 2018

Apesar do discurso otimista do governo de que mesmo com a diminuição na quantidade de chuvas o risco de um racionamento é muito pequeno, existem alguns motivos que apontam um cenário diferente para esse ano que se inicia – e não são bons.

Começando com o nível dos reservatórios que, numa análise das cinco regiões, estão baixos em todo o país. Além disso, as usinas térmicas têm trabalhado ao máximo para que menos água seja utilizada nas hidrelétricas; porém, por utilizar a queima de combustíveis fósseis, além de ser mais poluente ainda encarece a conta de luz.

Outro fator que mostra que existe sim um problema na geração de energia é a notícia divulgada pelo diretor-geral da ONS, Luiz, Eduardo Barata, de que além de continuar comprando cerca de 500 megawatts (MW) do Uruguai, o governo ainda estuda importar 1000 megawatts (MW) da Argentina.

O que fazer para melhorar a situação

Além da entrada da Usina de Belo Monte no sistema nacional, que era prevista para março de 2018 e foi adiantada para dezembro de 2017, o que assumirá cerca de 10% da demanda de energia do país, outros fatores importantes podem fazer a diferença.

O aumento na produção de energia eólica e solar atualmente consiste, respectivamente, em 6,5% e 0,05%, o que ainda é considerado muito baixo para um país de tamanho continental. E há um programa que começará a ser testado ainda em 2018, numa parceria entre governo e indústrias.

De acordo com o programa, nomeado de “resposta da demanda”, a ideia é que as indústrias, em determinados dias e horários, desliguem as máquinas. Elas serão recompensadas por essa atitude que fará com que menos energia térmica tenha que ser utilizada.

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