Você já ouviu falar ou leu em algum lugar sobre Energia Natural Afluente? Certamente sim. Afinal, trata-se de um subsistema de fonte de energia muito importante e conhecido no Brasil, utilizado para gerar energia, principalmente, nas regiões que têm forte presença de chuva, superabundando as suas afluentes.

Vamos nos aprofundar um pouco mais nesse assunto e vasculhar o que a literatura e os especialistas nos dizem sobre o tema?

O que é Energia Natural Afluente?

Em poucas palavras, os especialistas nos dizem que Energia Natural Afluente, mais conhecida como ENA, é a energia gerada a partir da vazão de água de uma determinada bacia ou rio para um reservatório de uma usina hidrelétrica. Isso acontece de um ponto elevado para um ponto baixo, rio-abaixo, até escoar nos reservatórios da usina.

Essa vazão pode acontecer de duas formas: natural ou forçada. Natural é quando o rio segue o seu ritmo, sem nada que o force a seguir um caminho de escoamento. Já a forçada ocorre através de uma tubulação ou de qualquer outra tecnologia que se responsabilize pelo escoamento da água até determinada usina hidrelétrica, abastecendo-a.

Contudo, é raro aplicar essa última forma no caso da Energia Natural Afluente, visto que o escoamento se dá de um ponto elevado para um ponto baixo, não necessitando do uso da força ou da pressão.

A geração da ENA também depende de outros fatores, como o volume de chuva. Em menor ou maior grau, o volume de chuva influencia diretamente em sua capacidade gerativa, uma vez que, supondo, quanto mais chove, maior possibilidade de preenchimento dos rios e, consequentemente, maior vazão e maior quantidade de energia gerada pela usina.

Como a ENA é representada?

Em geral, a Energia Natural Afluente é representada tanto em megawatt como em Média de Longo Termo (MLT), que é nada mais nada menos, neste último caso, que uma média ou percentual de Energia Natural Elétrica calculada com base na quantidade de chuvas que alimenta a vazão dos rios, abastecendo as usinas.

Em outras palavras, trata-se de uma tecnologia que, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), vem sendo utilizada desde 1931, refletindo a média histórica e garantindo com isso uma estimativa e planejamento na gestão de abastecimento de energia elétrica.

Energia Natural Afluente no Brasil

A ENA continua sendo um dos principais subsistemas geradores de energia do Brasil, mostrando, contudo, melhores resultados em regiões em que há predominância de chuva, a exemplo das regiões Sudeste e Sul.

A título de ilustração, baseando-se no histórico da operação de Energia Natural Afluente no Brasil disposta no site da ONS, temos as seguintes médias de longo termo (MLT), isso levando em consideração apenas os primeiros sete meses de 2017 e as regiões em que a ENA é atuante, sendo um dos modelos aplicados para a geração de energia elétrica:

Nordeste: 27,87
Sudeste: 80,98
Sul: 129,79
Norte: 65,10

Vale mencionar que para chegar ao resultado de longo termo de cada região, somou-se as médias dos sete meses e dividiu-se por sete para atingir a média aritmética.

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